À noite é que tudo fica mais assustador:
O cigarro é o único companheiro confiável,
E o amor, outrora viável,
Adquiri um tom ameaçador.
A força se esvai como que escorrendo,
As angústias se instalam impiedosamente,
E a certeza, antes amiga,
Torna-se oponente infinda!
Ó cruel realidade,
Por que me persegues sobremaneira?
Não poderias tu seguir outro rumo,
Desviando assim de minha cabeceira?
Não, tu não desistes,
Persistes em se instalar,
E a confiança do dia inteiro,
Tu levas para não mais voltar!
Quem me dera não existisse o ocaso,
Para que meus temores pudessem perecer,
Minha aflição deixasse de haver,
E o meu amor fosse capaz de, enfim, morrer!
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