“Perdão pelas vezes em que te odiei”
Disse-me o poeta num instante de lucidez,
“Perdão por lhe fazer sofrer”
Reiterou ele, amando-me mais uma vez...
Pobre de mim que não soube perceber,
Que quando se ama nada deve-se temer!
Feliz dele, que mesmo amedrontado,
Jamais hesitou em me dizer!
O amor sereno não existe,
Embora muitos teimem articular;
A paixão, sem ciúme, muito menos,
Embora todos afirmem, um dia, serenar!
Por você eu tentei, e sempre hei de tentar,
Já que sem seu amor não consigo ficar,
E se não existe outra forma e nem maneira,
Eu te amo como és, meu Manuel Bandeira!
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